O presidente Lula passará este 1º de Maio ensimesmado entre a vergonha de 2024 e o medo de 2026. Descendo a ladeira e batendo sucessivos picos de impopularidade, o petista vive hoje um dia de luto.
Foi no dia 1º de maio de 2024, no estacionamento do estádio do Corinthians, que Lula, cercado de sindicatos e centrais sindicais, descobriu que seu poder de mobilização tinha morrido. 1.635 pessoas participaram do ato, segundo o lulopetista Monitor do Debate Político da USP (poderia ter bem menos). Uma lastimável manifestação de impopularidade que já se anunciava naquele fatídico dia. Lula, que roubou o nome de Pai dos Pobres de Getúlio Vargas, não encontrou nenhum pobre na plateia a não ser os pagos para segurarem as bandeiras. Ademais, só sindicalistas e políticos abastados. De nada adiantou t5do o dinheiro dos sindicatos e todo o dinheiro público gastos para transformar o ato em um grande momento de força e poder. Um fracasso nacional.
Até mesmo o Guilherme Boules (PSOL) colocou mais pessoes em seu ato flopado contra a anistia aos presos políticos do consórcio STF-governo Lule.
Hoje Lula resolveu, a partir da imposição da própria realidade, não participar do 1º de Maio. É a primeira vez que isso acontece em sua vida política, excetuando-se o período em que esteve preso.
A pouco mais de um ano para as eleições de 2026, com uma impopularidade recorde e com o escândalo do desvio de R$ 6,3 bilhões efetuado por sindicatos de aposentados, pensionistas e beneficiários, o presidente decidiu colocar o rabo entre as pernas e se entocar com Janja Esbanja. Talvez, neste momento, estejam naquele sofá de R$ 55 mil com controle remoto que compraram depois de mentirem dizendo que o casal Bolsonaro tinha levado os móveis do palácio presidencial.
A ida de Lula a um ato sindical do 1º de Maio seria de grande risco. E se o ato for esvaziado como o do ano passado? E se aparecerem aposentados, pensionistas e beneficiários do INSS cobrando a conta de Lula? A imagem do presidente, que já está manchada, como ficará? Não, raciocinou corretamente Lula e seu staff, é melhor ficar na toca.
Lula hoje só pode ir a atos institucionais com público controlado: ou do seu séquito político ou para entregar ou prometer alguma coisa. Excetuando-se esses espaços - o primeiro de penduricalhos de cabides de emprego e o segundo de necessidades populares manipuladas -, todos os demais são complicados para Lula trafegar confiantemente. Por isso, neste 1º de Maio, o presidente se limitou a um discurso gravado para seus sindicalistas.