As eleições deste domingo (18.05) na Argentina e em Portugal demonstraram o avanço da direita nos dois países.
O La Liberdad Avanza (LLA), partido do presidente Javier Milei, foi o grande vencedor das eleições legislativas de Buenos Aires vencendo a esquerda peronista e o PRO, partido do ex-presidente Mauricio Macri que ganha na capital desde 2007.
A vitória de Milei em Buenos Aires é histórica e uma demonstração, na principal cidade daquele país, que a população está sintonizada com as medidas antipopulistas do presidente economista que vem cortando gastos, combatendo o déficit fiscal, reduzindo a inflação, recuperando o ´poder de compra e reconquistando a confiança dos organismos financeiros internacionais.
Ao saber da vitória, em alusão à cor do seu partido, Milei declarou: "Hoje se pinta de violeta o bastião amarelo. A partir de agora, vamos pintar de violeta todo o país".
Em Portugal, a esquerda socialista foi a grande derrotada nas eleições para a Assembleia da República, parlamento nacional. A coalisão Aliança Democrática (AD), do atual primeiro-ministro Luís Montenegro, chamada de centro-direita, foi a vitoriosa elegendo 89 deputados, um aumento de 10 em relação às últimas eleições.
Entretanto, o Chega (CH), partido de direita do jurista e professor universitário André Ventura, foi o que mais cresceu proporcionalmente ao sair de 48 para 58 deputados. Lançado há apenas 6 anos, o Chega conseguiu em sua primeira disputa eleger apenas 1 deputado.
Já o Partido Socialista (PS), foi o grande derrotado. Embora tenha ficado quase 1% à frente do Chega em número de votos fazendo o mesmo número de 58 deputados, perdeu 19 cadeiras nas eleições deste domingo.
O resultado das eleições portuguesas de ontem contrariou as pesquisas de opinião pública. Diante do cenário, a AD, para ter maioria parlamentar (116) e governar com tranquilidade precisa se aliar ao Chega.
As urnas na Argentina e em Portugal demonstraram o quão afastados da realidade estão os grandes conglomerados tradicionais de comunicação do Brasil que propagandeavam a falsa ideia de impopularidade do LLA e do CH. Assim como fazem em relação ao que acontece no Brasil, os jornalistas brasileiros de esquerda não estão preocupados em mostrar o que realmente acontece nas plagas lusitanas nem em solo de nuestros hermanos.