A designação da presidente do PT Gleisi Hoffmann para a Secretaria de Relações Institucionais causou mal estar provocando náuseas no grupo político que domina o Congresso, ou seja, o Centrão.
Conhecida pelo sectarismo e pela defesa da hegemonia petista absoluta, Gleisi assume uma nova postura e defende que o líder do governo Lula na Câmara seja do Centrão. Tal postura, entretanto, não vem da convicção dos princípios norteadores da boa política, mas da convicção de saber que sem abraçar ainda mais esse grupo político, Lula, o PT e a esquerda oportunista afundarão tal qual uma âncora solta de um navio cargueiro.
Assim Gleisi, que aparecia na lista do propinoduto da Odebrecht como Amante por ter tido um caso tórrido num hotel de luxo dos Alpes suíços com o advogado da empreiteira Alexandre Correa Romano, hoje virou amante do Centrão em uma relação invertida: a de apontar beneficiados no esquema de corrupção do governo Lula. Afinal, o presidente se mantém com o apoio desse grupo e o apoio desse grupo se mantém com o propinoduto do presidente.
Assim, de sectária e isolacionista, Gleisi agora interpreta a amante política compreensiva e aberta ao diálogo permanente. A pergunta é: Vai dar certo?