Sábado (01.03), em Canindé, durante a festa de Carnaval na Praça Dr. Aramis Paiva, o adolescente Antônio José Maciel do Nascimento, de 17 anos, foi morta com um tiro por um policial penal. O rapaz foi socorrido por uma ambulância, mas veio a óbito.
Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização (SAP), o policial agiu em legítima defesa respondendo a um ataque agressivo de dois indivíduos que tentaram tomar o seu revólver. O profissional da Segurança Pública disparou abaixo do peito do rapaz e, segundo um parente do jovem, chutou o rosto de Antônio José quando estava caído no chão.
Ainda segundo o parente, a situação violenta teve início quando Antônio José foi "tirar satisfação" pelo fato do policial estar olhando para ele e dando umas "encaradas".
Já no domingo (02.03), um adolescente faccionado invadiu o Instituto José Frota (IJF), hospital de Fortaleza que é referência em atendimento de alta complexidade. e matou um rival de outra facção com 5 tiros.
O assassino foi apreendido por agentes do Grupo de Operações Especiais da Guarda Municipal de Fortaleza.
Este é o segundo caso de assassinato que ocorre no IJF em menos de um ano. No dia 23 de abril do ano passado, como publicou o Sovaco de Cobra, um ex-funcionário do hospital foi até o local, onde trabalha a sua mulher, e degolou a cabeça de um colega de trabalho dela. O crime aconteceu por ciúmes.
As duas situações demonstram a total insegurança na área da Saúde em Fortaleza e uma negligência absurda que permitiu o acesso de pessoas armadas às dependências do IJF. A ausência de abordagem profissional na entrada permitiu a entrada do jovem assassino mundo de revólver para provocar uma morte em um ambiente cujo propósito é salvar vidas.
É preciso um plano de segurança para as unidades de Saúde Pública que não fique só nas supostas intenções ou nos discursos vazios das autoridades quando fatos dessa natureza acontecem. Senão, em menos de um ano, infelizmente, o Sovaco de Cobra publicará mais uma matéria sobre um novo assassinato no IJF.