Emma Coronel, esposa do traficante mexicano Joaquín "El Chapo" Guzmán e presa nos Estados Unidos, sairá da prisão em setembro de 2023, segundo dados atualizados nesta quinta-feira (10) pelo Escritório Federal de Prisões (BOP, na sigla em inglês).
A ex-miss foi condenada em novembro de 2021 a três anos de prisão por sua participação no poderoso cartel de Sinaloa, comandado por seu marido.
Segundo o BOP, Emma Coronel sairá da prisão em 13 de setembro de 2023.
"É completamente padrão. Os presos federais cumprem 85% de suas sentenças", afirmou à AFP Jeffrey Lichtman, advogado de Emma Coronel, em e-mail.
Além dos 36 meses de prisão, Coronel foi condenada a 48 meses de liberdade condicional e a pagar 1,5 milhão de dólares ao Estado americano.
O juiz Rudolph Contreras, da corte federal de Washington, condenou Coronel a uma pena inferior aos quatro anos pedidos pela promotoria, reconhecendo que a acusada era uma adolescente quando se casou com "El Chapo" e que ela admitiu sua culpabilidade após ser presa.
O juiz Rudolph Contreras, da corte federal de Washington, condenou Coronel a uma pena inferior aos quatro anos pedidos pela promotoria, reconhecendo que a acusada era uma adolescente quando se casou com "El Chapo" e que ela admitiu sua culpabilidade após ser presa.
Coronel, que tem cidadania americana e mexicana, foi presa em 22 de fevereiro de 2021 no aeroporto internacional de Dulles, nos arredores de Washington, por suposta "cumplicidade" no tráfico de drogas do marido.
Em 10 de junho Coronel se declarou culpado das três acusações apresentadas contra ela: conspiração para distribuir drogas ilegais nos Estados Unidos, conspiração para lavagem de dinheiro do narcotráfico e participação em transações financeiras com uma organização de narcotraficante.
Coronel, sobrinha de Ignacio Coronel, um dos líderes do cartel de Sinaloa, nasceu em 2 de julho de 1989 na Califórnia, mas passou praticamente a vida toda no México. Em 2007, se casou com "El Chapo", 32 anos mais velho, e com ele teve duas filhas gêmeas, Emali Guadalupe e María Joaquina.
"El Chapo" foi condenado em julho de 2019 nos Estados Unidos a prisão perpétua por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e tráfico de armas, entre outras acusações.