noticias202 Seja bem vindo ao nosso site Sovaco de Cobra!

Mundo

Não haverá um Francisco II, prevê vaticanista às vésperas do conclave

Publicada em 03/05/25 às 06:47h - 21 visualizações

AFP


Compartilhe
Compartilhar a noticia Não haverá um Francisco II, prevê vaticanista às vésperas do conclave  Compartilhar a noticia Não haverá um Francisco II, prevê vaticanista às vésperas do conclave  Compartilhar a noticia Não haverá um Francisco II, prevê vaticanista às vésperas do conclave

Link da Notícia:

Não haverá um Francisco II, prevê vaticanista às vésperas do conclave
Cardeais católicos elegerão o novo papa no conclave que começa em 7 de maio  (Foto: Filippo MONTEFORTE)

O próximo papa deverá ser uma figura de consenso, capaz de "recompor" as diferentes correntes da forma mais colegiada possível após um pontificado marcado por profundas divisões na Igreja Católica, antecipou o vaticanista italiano Marco Politi em entrevista à AFP. 

PERGUNTA: 80% dos cardeais eleitores nunca estiveram em um conclave e se conhecem pouco. Isso pode constituir uma dificuldade adicional?

RESPOSTA: Este é o conclave mais espetacular dos últimos 50 anos. É o primeiro conclave em 50 anos em que há um forte sentimento de divisão na Igreja. Esse é seu principal desafio. 

E é claro, há um grande número de cardeais que vem dos lugares mais remotos do mundo, e uma grande parte deles não conhece uns aos outros nem o funcionamento do governo central da Igreja. 

Podem ser bons sacerdotes em sua região, (...) mas não têm a experiência da máquina central. Muitos nunca foram a Roma e têm dificuldades com o idioma porque o italiano não é mais a língua comum. 

Tudo isso torna este conclave difícil. 

P: Com um papa que crie consenso, que harmonize diferentes tendências, há risco de estagnação no próximo pontificado? 

R: Há um risco, mas pode-se dizer ironicamente que haverá uma escolha entre um papa que desacelera e outro que avança lentamente. Porque se sabe que não haverá um Francisco II. Francisco era muito impulsivo e mudava as coisas através de gestos e palavras repentinas, ainda que pensados.

Agora, justamente porque existe essa ideia de reunir a todos novamente, é necessária uma gestão mais cuidadosa, mais colegiada. Francisco trabalhou pouco em equipe com os escritórios da Cúria; alguns cardeais o criticaram por não convocar o Colégio Cardinalício. 

P: Quais são, na sua opinião, os três principais desafios do próximo pontificado? 

R: Além do abuso, que é um tema recorrente, há três desafios importantes: um é restaurar o senso de um sistema de trabalho colegiado, no qual o papa também considere os dicastérios da Cúria. 

Em segundo lugar, mais colegialidade entre os cardeais, que representam a universalidade da Igreja. 

Depois, há dúvidas se o Sínodo de Francisco continuará ou não. Enquanto estava no hospital, Francisco estabeleceu um programa de três anos com três pontos: promover o papel das mulheres, prestar contas e criar órgãos consultivos. Esse é o desafio: seu sucessor continuará o programa ou o abandonará?

P: Quais características prevalecerão na eleição do papa? Personalidade, idade, nacionalidade, proximidade com Francisco? 

R: Um dos pontos principais a serem abordados é a capacidade de revitalizar a Igreja. Nenhum dos últimos três papas — João Paulo II, Bento XVI e Francisco — conseguiu superar a crise da Igreja em suas estruturas diocesanas e paroquiais. 

As vocações continuam diminuindo (...) e isso é motivo de preocupação. 

O próximo papa deve ser capaz de reconstruir, de dar novo impulso à vida religiosa em sua base, de ter uma presença internacional, como Francisco, e de falar ao povo. Ou seja, ter carisma. Ratzinger [Bento XVI], por exemplo, não tinha, ao contrário de Wojtyla [João Paulo II] e Bergoglio [Francisco]. 

P: O próximo papa também pode ser uma surpresa completa? 

R: É uma opção. Parece estranho que nos dias de hoje nenhum bom conservador tenha surgido como um candidato real. Os ultraconservadores não podem decidir o próximo papa; precisam aliar-se ao centro. Precisam de um conservador com rosto humano, simpático, que talvez comunique e depois controle o diaconato, mas com delicadeza. Essa figura ainda não surgiu. 

P: Os cardeais falam sobre um conclave curto... 

R: É um paradoxo, mas mostra um desejo de não mostrar divisões.




ATENÇÃO:Os comentários postados abaixo representam a opinião do leitor e não necessariamente do nosso site. Toda responsabilidade das mensagens é do autor da postagem.

Deixe seu comentário!

Nome
Email
Comentário
0 / 500 caracteres


Insira os caracteres no campo abaixo:








Nosso Whatsapp

 (88) 9.9926-5572

Visitas: 2302882
Usuários Online: 48
Copyright (c) 2025 - Sovaco de Cobra - www.sovacodecobra.com.br / A sua voz não pode cessar!