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Economia

Taxa de desemprego sobe em 23 Estados e no DF e vai a 8,8% no 1º trimestre

Publicada em 18/05/23 às 17:57h - 989 visualizações

Daniela Amorim, Estadão


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Taxa de desemprego sobe em 23 Estados e no DF e vai a 8,8% no 1º trimestre
 (Foto: Reprodução/Estadão)

A taxa de desemprego aumentou em 23 das 27 unidades da federação na passagem do quarto trimestre de 2022 para o primeiro trimestre de 2023, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) Trimestral, divulgados nesta quinta-feira, 18, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na média nacional, a?taxa de desemprego subiu de 7,9% no quarto trimestre de 2022 para 8,8% no primeiro trimestre de 2023. Em São Paulo, a taxa de desemprego aumentou de 7,7% para 8,5% no período.

O mercado de trabalho teve um movimento sazonal de alta na busca por emprego e de eliminação de vagas temporárias em vários estados, explicou Alessandra Brito, analista da pesquisa do IBGE.

“A maioria teve aumento da desocupação. E em algumas Unidades da Federação, além do aumento da desocupação, a gente teve aumento das dispensas. Foi uma combinação desses dois fatores sazonais”, lembrou Alessandra Brito. “Acho que tem esse componente sazonal sim, que foi acompanhado por várias Unidades da Federação e grandes regiões como um todo.”

Porém, o aumento na taxa de desemprego foi considerado estatisticamente significativo em apenas 16 delas, enquanto nas outras sete a variação ficou dentro da margem de erro da pesquisa. No Sergipe, o resultado ficou estável em 11,9%. As quedas (embora não significativas estatisticamente) ocorreram no Acre, de 10,0% para 9,8%; no Amapá, de 13,3% para 12,2%; e no Espírito Santo, de 7,2% para 7,0%.

No primeiro trimestre, as maiores taxas de desocupação foram as da Bahia (14,4%), Pernambuco (14,1%) e Amapá (12,2%). Os menores resultados foram registrados em Rondônia (3,2%), Santa Catarina (3,8%) e Mato Grosso (4,5%).

O desemprego entre as mulheres permanecia consideravelmente mais elevado do que entre os homens no País no primeiro trimestre de 2023. A taxa de desocupação foi de 7,2% para os homens no primeiro trimestre, ante um resultado de 10,8% para as mulheres.

Por cor ou raça, a taxa de desemprego ficou abaixo da média nacional para os brancos, em 6,8%, muito aquém do resultado para os pretos (11,3%) e pardos (10,1%). Quanto ao nível de instrução, a taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto foi de 15,2%, mais que o triplo do resultado para as pessoas com nível superior completo, cuja taxa foi de 4,5%.

Desemprego de longa duração

No primeiro trimestre de 2023, o País tinha 9,432 milhões de desempregados, sendo que 2,241 milhões deles estavam em situação de desemprego de mais longo prazo, ou seja, em busca de um trabalho há pelo menos dois anos. Se considerados todos os que procuram emprego há pelo menos um ano, esse contingente em situação de desemprego de longa duração sobe a 3,220 milhões, já que 979 mil pessoas buscavam emprego há pelo menos um ano, porém menos de dois anos.

Outros 4,242 milhões de brasileiros procuravam trabalho há mais de um mês, mas menos de um ano, e 1,970 milhão tentavam uma vaga há menos de um mês.

População inativa

Apesar da recuperação no emprego, o Brasil ainda tem 5,555 milhões de inativos a mais do que no primeiro trimestre de 2019, no pré-pandemia. Como não trabalham nem procuram por uma vaga, essas pessoas que estão fora da força de trabalho evitam um avanço maior na taxa de desocupação no País.

O fenômeno de aumento da inatividade é generalizado, afetando todas as faixas etárias, mostrou a pesquisa do IBGE. A proporção de pessoas em idade de trabalhar (com 14 anos ou mais) que efetivamente participa do mercado de trabalho encerrou o primeiro trimestre de 2023 em patamar inferior ao registrado no primeiro trimestre de 2019 em todos os grupos etários.

Na população como um todo, a taxa de participação foi de 61,6% no primeiro trimestre de 2023, ante 63,4% no primeiro trimestre de 2019. Essa distância está maior entre os mais jovens: no grupo de 14 a 17 anos, a taxa de participação foi de 17,2% no primeiro trimestre de 2023, ante 20,0% no primeiro trimestre de 2019; e no grupo de 18 a 24 anos, o resultado agora é de 68,3%, ante 69,8% em 2019.

No entanto, a inatividade maior na faixa etária intermediária é a que mais impacta a taxa de participação global, considerando o peso que esses grupos têm no mercado de trabalho: entre as pessoas de 25 a 39 anos, a taxa de participação foi de 81,3% no primeiro trimestre de 2023, ainda acima dos 82,5% registrados no primeiro trimestre de 2019; e no grupo de 40 a 59 anos, a taxa foi de 73,2% agora, ante 73,9% no pré-pandemia.

Entre os idosos, com 60 anos ou mais, a taxa de participação ficou em 23,2% no primeiro trimestre de 2023, ainda aquém dos 23,8% registrados no primeiro trimestre de 2019.

Segundo Alessandra Brito, analista da pesquisa do IBGE, os mais jovens estão preferindo se qualificar mais antes de ingressar no mercado de trabalho, o que pode ser uma boa notícia.

“As oportunidades não são tão boas, então essas pessoas estão deixando para entrar depois no mercado de trabalho”, disse Brito. “Ela prefere ficar mais se qualificando do que pressionar o mercado de trabalho.”

A pesquisadora frisa que a “grande maioria” das Unidades da Federação ainda não recuperou a taxa de participação do pré-pandemia, ou seja, permanecem com uma proporção maior de inativos do que antes da crise sanitária.

Em São Paulo, a taxa de participação foi de 66,6% no primeiro trimestre de 2023, 2,3 pontos porcentuais abaixo dos 68,9% registrados no primeiro trimestre de 2019. No Rio de Janeiro, a taxa agora foi de 60,2%, 2,4 pontos porcentuais abaixo dos 62,6% registrados no pré-pandemia, e, em Minas Gerais, a taxa é de 63,8% agora, 1,3 ponto porcentual aquém dos 65,1% do pré-covid.

No primeiro trimestre de 2023, as maiores distâncias na taxa de participação em relação ao primeiro trimestre de 2019 foram registradas no Acre (-7,6 pontos porcentuais), Rondônia (-7,5 pontos porcentuais), Ceará (-5,6 pontos porcentuais), Espírito Santo (-5,0 pontos porcentuais) e Roraima (-4,7 pontos porcentuais).

As únicas Unidades da Federação com taxas de participação maior agora do que no pré-pandemia foram Alagoas (+4,7 pontos porcentuais), Tocantins (+3,0 pontos porcentuais), Distrito Federal (+2,1 pontos porcentuais), Maranhão (+1,1 ponto porcentual), Pará (+0,3 ponto porcentual) e Rio Grande do Sul (+0,2 ponto porcentual).




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