A Constituição Federal de 1988 determina que os 3 Poderes, Executivo, Legislativo e Judiciário, atuem em harmonia e de forma independente. Infelizmente, foi-se o tempo em que a Constituição era a Carta Magna da Nação. Atualmente, no caminho da contraconstitucionalidade, os Poderes se interrelacionam em uma relação de promiscuidade institucional que nada tem a ver com legalidade. Ou seja, os 3 Poderes desconstroem, gradativamente e por dentro do sistema, o Estado Democrático de Direito.
EXECUTIVO
Poder governamental por excelência, encontra-se imerso, por vontade política de quem foi alçado ao seu comando, em uma relação de corrupção permanente que transforma a estrutura da máquina estatal em um manancial de empregos políticos e propinas direcionadas a uma boa relação com o Judiciário, acariciando e ego deste poder corrompido, e a uma subjugação do Legislativo que se move, a partir de uma camada lodosa majoritária, ao som do tilintar das moedas derramadas no canto áureo da sereia do caos.
Lula, descondenado para concorrer a um processo eleitoral onde teve o apoio irrestrito da grande mídia tradicional, do STF e do STJ, reeditou o Mensalão e reestruturou os esquemas de corrupção nas estatais e nos ministérios em um quadro cujo exemplo mais emblemático do momento foi o desvio de R$ 6,3 bilhões de aposentados, pensionistas e beneficiados com a omissão deliberada ou anuência tácita do próprio Ministério da Previdência. Um esquema montado por associações sindicais corrutas, cujo vice-presidente de uma delas é o próprio irmão do presidente da República - Frei Chico, aquele que o levou ao sindicalismo na década de 70 - e burocratas previdenciários sem escrúpulos.
O Executivo, sob a regência de um perdulário que promove um déficit fiscal estratosférico e produz uma dívida pública histórica, é amante do Judiciário e amo do Legislativo.
JUDICIÁRIO
O Judiciário, que com a complacência agradecida do chefe do Executivo montou uma juristocracia sem mérito e sem base constitucional, recebe as joias do amante e, sob a sua orientação, subjuga o Legislativo que, em sua grande maioria, encontra-se atolado em um pântano de ilegalidades e inebriado em uma farra de vaidades e descarrego de propinas.
Com uma composição majoritariamente antibolsonarista, assumindo um papel político ilegítimo e constitucionalmente reprovável, tem por figura mor o sinistro Alexandre de Moraes que traz às suas costas o peso e a égide de um poder que não aparece institucionalmente atribuído e parece ter um caráter paralelo, muito embora seja, em verdade, transversal. Alexandre, representando essa força que coloca Lula sob o seu circunscrito círculo de influência e o STF à sua sombra e genuflexionado para as suas ações arbitrariamente surrealistas, exala, em um festival de poses disfarçadamente histriônicas e declarações ditatoriais, o cheiro pútrido da constitucionalidade rasgada e do rito processual enterrado no mais indigno dos sepultamentos engendrados.
A cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, vitimada a 14 anos de prisão por ter usado como arma um batom e ter cometido o crime de ter reproduzido uma pequena frase dita pelo sinistro Barroso, chefe pró-forma do STF, é a expressão mais contundente da visibilidade negativa que o Reino das Fraudes produziu e produz no campo da Justiça tupiniquim.
LEGISLATIVO
Composto majoritariamente de aves de rapina de passado pesaroso e presente, no mínimo, sombrio, escondendo a mea culpa do povo e sob a ameaça constante do consórcio governo Lula-STF (Executivo e Judiciário), o Legislativo é o poder menos independente e mais desarmônico, pois é regado a ofertas e convencido pelas ameaças, transformando-se na rameira indecisa que, covardemente, equilibra-se entre os agrados do amo Executivo e a chibata do escravocrata Judiciário.
Assim, degradantemente, deixa-se manobrar pela realidade que a esbofeteia e, ao mesmo tempo, cobre-lhe de luxo. Apanha as moedas do amo que está no governo e se esforça para não cair no julgamento daquele que o amordaça. Como uma prostituta desamparada e, ao mesmo tempo, cínica e traidora, transfere as agressões que receberia para o grosso das massas que colocam os seus representantes onde estão.
Este é o Legislativo, vergonha nacional cujo presidente da Câmara dos Deputados, o nada confiável Hugo Motta (Republicanos-PB) que oscila e muda de postura entre uma viagem nababesca e outra, quer enterrar, como uma boa serviçal, a proposta de anistia para pessoas que, em sua grande maioria, nada fizeram a não ser manifestar-se contra um governo que nasceu de um processo espúrio de condução de uma disputa eleitoral.
Assim, o Legislativo baixa a cabeça para os mimos do amante Executivo e, ao mesmo tempo, sem altivez nem consciência política e moral, permite a imiscuidade do Judiciário.
BALACOBACO, TRÊS BURACOS: o Executivo corruPTo, o Judiciário tirano e o Legislativo sodomizado.