Terça-feira (25.02): O STF disse que as ameaças dos EUA contra a instituição e Alexandre de Moraes eram risíveis. A Red Globo desdenhou da situação e Daniela Meme Lima disse que a extrema direita estava produzindo espumas.

Quarta-feira (26.02): Os rostos sorridentes dos sinistros do STF e dos jornalulistas da GloboNews apareceram sizudos, acinzentados, e as risadas cínicas foram substituídas pelo tom grave de quem percebeu que a gravidade da situação é maior que o teatro midiático dos defensores da democracia relativa. Em vez de piadas, clamores para que o governo Lula, através do Itamaraty, interviesse na situação.

O Itamaraty, como um bom poodle amestrado, interveio sob a orientação de... Alexandre de Moraes. É isso o que se chama de independência entre os Poderes?

O MOTIVO

Ontem, o projeto de Lei Sem Censura Em Nosso Território dos deputados republicanos María Elvira Salazar e Darrell Issa foi aprovado pelo Comitê Judiciário da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, o equivalente à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados no Brasil, com a diferença de que lá a democracia é uma instituição séria.

Por esta futura Lei, uma vez que os republicanos têm maioria no parlamento estadunidense e que alguns republicanos votarão a favor do projeto, autoridades que atacam a liberdade de expressão dos cidadãos dos EUA serão proibidos de entrar no País e, lá já estando, serão deportadas.

Essa futura Lei fere diretamente Alexandre de Moraes que, passando por cima do direito constitucional à liberdade de expressão no Brasil, atacou cidadãos norte-americanos como o Elon Musk que hoje está à frente do Departamento de Eficiência Governamental dos EUA e a empresa Rumble que se negou a suspender a conta do jornalista Allan dos Santos de sua plataforma digital.

Embora a Lei seja para o conjunto das autoridades que ataquem a liberdade de expressão dos cidadãos norte-americanos, ela é nitidamente uma resposta à postura autoritária e reacionária de Alexandre de Moraes.

Salazar, autora da Lei, em uma fala no parlamento em 2024, mostrou uma foto do ministro e o acusou de ser "a vanguarda de um ataque internacional à liberdade de expressão contra cidadãos americanos como Elon Musk".

Na entrega do documento ao Comitê parlamentar, Darrell Issa, também autor, citou o nome de Moraes como exemplo de criminoso contra o sagrado direito à liberdade de expressão.

DO ARRANHÃO À GANGRENA

A mudança de tom do STF e do jornalulismo, seguida da entrada adestrada do Itamaraty,. demonstra que a situação tende a se agravar, pois além da aprovação da Lei já ser tida como resolvida, outras medidas virão contra as arbitrariedades de um tribunal que rasga cotidianamente a Constituição de 1988.

Autoridades dos EUA, dentre as quais o deputado republicano Rich McCormick, solicitaram que o presidente Donald Trump imponha a Lei Magnitsky contra Moraes por este calar a oposição brasileira através da censura imposta para beneficiar o governo Lula promovendo uma verdadeira perseguição política.

A Lei Magnitsky permite que o presidente dos EUA assine um Decreto impondo sanções econômicas às pessoas que ataquem os direitos humanos e que promovam a corrupção, que é como Alexandre de Moraes está sendo visto nos EUA - e também por uma grande parcela dos brasileiros. Essas sanções, além do impedimento da entrada dos criminosos no País, permitem o congelamento dos seus bens em território estadunidense, bem como impede a movimentação financeira deles em sistemas bancários e financeiros que sejam do País ou regidos pelas legislação norte-americana.

A arena foi montada e o primeiro round apenas começa. Como diz o velho ditado, quem ri por último, ri melhor.