Na representação enviada ao ministro da AGU, Jorge Messias, o parlamentar afirmou que a conduta da petista “ultrapassa a mera crítica e represente efetivo potencial de subtração de legitimação de Poder”.

Durante sessão da comissão especial que analisa a chamada PEC da Anistia, na quarta, Gleisi disse que os valores das multas estabelecidos pela Justiça Eleitoral não eram exequíveis e que os partidos não teriam dinheiro para arcar com a cobrança. Classificou ainda como “absurda” a existência de cortes especializadas em eleições.

“A Justiça Eleitoral é uma instituição essencial para o funcionamento do Estado e fortalecimento da democracia brasileira, nos termos do Art. 118 e seguintes da Constituição Federal de 1988”, disse Flávio.

A representação do senador também foi enviada para a Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia, órgão criado no começo do ano pelo governo Lula para combater fake news.

Diante da declaração de Gleisi, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes, reagiu. Em nota, ele repudiou as afirmações e classificou as falas como “errôneas” e “falsas”.

Na sexta, a petista foi questionada sobre o assunto durante entrevista coletiva no Recife.

“Fiz uma crítica muito dura especialmente ao corpo técnico da Justiça Eleitoral, que reiteradamente não se atém aos aspectos técnicos da prestação de contas, coloca a vontade, faz interpretações e fere jurisprudência.”