O presidente do Equador Daniel Noboa, do partido de direita Ação Democrática Nacional, foi reeleito neste domingo (13,04) com 55,6% dos votos válidos colocando mais de um milhão de votos de diferença contra a candidata esquerdista Luísa Gonçález, que teve 44,3% dos votos válidos.
A candidata derrotada declarou que houve fraude eleitoral, mas nada foi constatado pelos 200 observadores internacionais e nenhum país se contrapôs ao resultado, nem sequer os governados pela esquerda como Venezuela, Cuba, Nicarágua, México, Chile, Uruguai e... Brasil.
O presidente Lula, que já mordeu a língua duas vezes quando chamou os presidentes Milei (Argentina) e Trump (EUA) de nazistas quando estes estavam em campanha eleitoral, sentindo as pancadas que tem levado e o fortalecimento da direita nas Américas, botou o rabo entre as pernas e engatou, a contragosto, uma saudação ao presidente vitoriosamente reeleito. "Saúdo o povo equatoriano e o presidente reeleito, Daniel Noboa, pelas eleições de domingo, 13 de abril. O Brasil seguirá trabalhando com o Equador em defesa do multilateralismo, pela integração sul-americana e o desenvolvimento sustentável da Amazônia", disse a nota oficial assinada pelo presidente brasileiro direcionada ao presidente equatoriano.
Enfraquecido internacionalmente, apequenado no Mercosul e vendo a direita se agigantar nos três subcontinentes americanos, Lula baixou a crista, deixou de ciscar e compreendeu que brigar de forma gratuita e irresponsável com presidentes eleitos pela vontade popular é se tornar, cada vez mais, persona non grata para governantes vizinhos.
Foi-se o tempo em que o presidemente, incapaz de acabar com as brigas entre os próprios petistas, dizia que acabaria com a Guerra da Ucrânia com uma rodada de cerveja. Parece que, momentaneamente, o porre passou, mas a ressaca política e moral de Lula, ah!, essa não tem como passar.