A Justiça deu o prazo até esta quarta-feira, 9, para o partido fornecer a lista com os delegados que teriam direito a voto e outros documentos comprobatórios sobre a eleição em diversos Estados. Houve o envio, mas o desembargador Fábio Eduardo Marques entendeu que os documentos não eram suficientes para esclarecer os fatos, e suspendeu a realização do congresso por indefinição do colégio eleitoral e risco de gasto irreversível de recurso público. O processo corre em segredo de justiça e a decisão desta quinta-feira, 10, tem caráter liminar.
Em nota, Mockus afirmou que houve uma “mudança radical e atropelada das regras eleitorais internas, além de uma condução agressiva do processo”, e que tem atuado para “garantir transparência e democracia” nas eleições internas. “A decisão de suspensão do Congresso até a definição do colégio eleitoral é importante para averiguarmos as dezenas de denúncias e garantirmos a verdade eleitoral do partido”, escreveu.
Heloísa Helena afirmou ao Estadão que está trabalhando para reverter a decisão e diz que o grupo “está confiante que os dados a serem apresentados comprovarão inclusive, a vergonhosa litigância de má-fé”. “Todo o Congresso já foi pago, passagens, hospedagens, local, tudo organizado. Todos os delegados, das duas chapas, já estão chegando com passagens e hospedagens pagas pelo fundo partidário e por que contaram os delegados e descobriram que vão perder, agora vão anular tudo?”, questionou a presidente da Rede.