Primeira mulher eleita deputada estadual pelo Ceará, Maria Zélia Mota morreu neste domingo (6), aos 90 anos. Pioneira, ela foi eleita em 1975 pela Aliança Nacional Renovadora (Arena), com 17.167 votos em 70 municípios. O mandato durou quatro anos, até 1978, e foi dedicado a causas sociais.
Dona Zélia, como ela costumava ser chamada, nasceu em Fortaleza, em junho de 1934, mas se estabeleceu profissionalmente como tabeliã em Itapajé, a cerca de 130 km da Capital.
Na Assembleia Legislativa do Estado (Alece), ela chegou à terceira secretaria da Mesa Diretora da Casa, no 1975-1976, e chegou a presidir o colegiado na ausência do presidente à época nas sessões.
O deputado Romeu Aldigueri (PSB), presidente da Alece, lamentou a morte de Maria Zélia Mota em uma nota de pesar publicada no site da Assembleia. “Para além do pioneirismo, seu legado é relevante para a política cearense, por outros aspectos”, afirmou.
O deputado estadual Heitor Férrer (União Brasil) também publicou uma nota e prestou solidariedade a familiares e amigos de Maria Zélia, destacando sua atuação “firme e sensível”.
“Sua trajetória abriu caminhos para a representatividade feminina na política cearense, deixando um legado de pioneirismo, coragem e compromisso público — uma marca que permanece viva na história da Alece e na memória do povo do Ceará”, disse.
Em uma nota publicada no Instagram, o deputado federal Danilo Forte (União Brasil) afirmou que a ex-deputada estadual deixou um “legado de coragem, pioneirismo e compromisso com o povo cearense”.
O parlamentar destacou que a trajetória de Dona Zélia “abriu portas para que outras mulheres também ocupassem espaços de poder e decisão” e solidarizou-se com familiares, amigos e demais pessoas que conviveram com “essa grande mulher pública”.