Em 2016, pouco depois de me mudar do Centro para o bairro Tiradentes, estourou uma greve da então Empresa Lobo que fazia o transporte público em vários bairros de Juazeiro do Norte/CE. E o período era de chuvas.

Sem transporte e em busca de meu sustento, tinha que sair todos os dias e atravessar o Novo Juazeiro que no trecho da Igreja Menino Jesus de Praga ficava todo alagado. Levantava a calça até os joelhos, mas não tinha como não enxarcar os sapatos e as meias. Resultado: Quando chegava em casa à noite e tirava os sapatos e as meias, os ratos que fugiam da chuva retornavam à rua para fugir do cheiro dos meus pés.

Raimundo Macêdo, então prefeito de Juazeiro do Norte, tinha conseguido uma verba federal para realizar a drenagem no referido local que se alagava. Entretanto, a obra foi iniciada e concluída pelo prefeito sucessor Zé Arnon.

Todo ano é a mesma coisa, com maior ou menor intensidade. Choveu 20 mm, o Município vira um balde cheio. Bairros como o São José e a Lagoa Seca ficam embaixo d'água (VEJA O VÍDEO).

O prefeito Glêdson Bezerra (PODE) já disse e já reiterou que o empréstimo de US$ 80 milhões junto à Corporação Andina de Fomento (CAF) está garantido. Motivo de muita polêmica, esse montante foi articulado por Zé Arnon para realizar a macrodrenagem do Município, mas sua consumação conquistada no atual governo municipal.

Assim, Juazeiro do Norte pode estar com os seus dias de alagamento contados. Tudo depende agora do prefeito. Será uma tarefa hercúlea, gigantesca e inédita na História do Município que poderá transformar-se em um imenso canteiro de obras. Uma tarefa que demandará esforço, esmero e tempo.

Prefeito Glêdson Bezerra, a população espera ver Juazeiro do Norte com uma nova cara.