Novamente o servidor Kaio César, responsável pelo Setor de Transporte da Secretaria de Saúde (SESAU) de Juazeiro do Norte/CE, é alvo de denúncia. Dessa vez, por impedir o transporte de uma criança com paralisia cerebral.

Arielly de Jesus dos Santos Inocêncio é uma criança de seis anos que tem paralisia cerebral. Ela faz tratamento no Centro Especializado de Reabilitação (CER) três vezes por semana. Também faz terapias direcionadas para a visão, a respiração e a coordenação motora na Unileão. A SESAU era responsável pelo transporte de Arielly. Era, pois Kaio César resolveu cancelar o carro destinado ao tratamento da menina. Esmeraldina Pereira dos Santos, mãe da criança, diz que a suspensão do transporte se deu por motivo fútil.

Esmeraldina denunciou a situação ao Conselho Tutelar. Segundo ela, a proibição se deu pelo fato de Kaio não querer que seu outro filho de oito anos, o Ariel, que tem TDAH e é tratado no Instituto Heitor Coelho, acompanhe a irmã e a mãe no tratamento da pequena.

Esmeraldina precisa levar o filho, pois seu marido trabalha como coveiro e o menino de oito anos não pode ficar só dentro de casa. Pelo declarado, o que o chefe do Setor de Transporte está exigindo de Esmeraldina é que ela abandone seu filho menor e com transtorno de déficit dentro de casa para realizar o tratamento de sua filha. Um absurdo!

Outro absurdo relacionado ao transporte de Arielly é que o "DONO" do Setor de Transporte não quer que o veículo transporte a cadeira de rodas da paciente (VEJA O VÍDEO). Como não?! Ela não anda, tem paralisia cerebral. Será que esse chefe não sabe o que isso significa? Sinceramente, qual a formação desse rapaz? Cadê o tratamento humanizado tão necessário à Saúde Pública?

Kaio César é o mesmo que foi acusado de assédio moral na Central de Marcação e o mesmo que hoje e acusado de assédio moral contra mães e motoristas da SESAU. É preciso que o prefeito Glêdson Bezerra (PODE) saiba o que está acontecendo para coibir ações desse tipo que mancham a imagem de todo o governo.

É necessário também que o Ministério Público e o Conselho Tutelar ajam com rapidez, pois a interrupção do tratamento dessa criança prejudica o seu desenvolvimento cognitivo, sensório-motor, socioafetivo, respiratório e visual.

Quanto à criança de oito anos que tem TDAH, será que o prefeito de Juazeiro do Norte aceitaria o argumento de que ela teria que ficar em casa sozinha para que sua irmãzinha pudesse ter o carro da SESAU para realizar o tratamento?