A expectativa era a melhor possível. O Ceará vinha de três vitórias seguidas e contava com o retorno da sua torcida na Arena Castelão, que esperava ver mais um triunfo na Série B. Entretanto, nada disso aconteceu. O time comandado por Eduardo Barroca não conseguiu superar o Novorizontino e decepcionou mais de 37 mil mulheres e crianças.
Para o jogo, o treinador alvinegro mexeu em apenas um setor de sua equipe: o gol. Talvez fosse a única mudança que não justificasse. Bruno Ferreira vinha muito bem e merecia seguir como titular. Prova disso, que, em determinado lance, Richard se “embananou” com a pressão adversária e quase o pior aconteceu. Além do segundo gol do adversário, em que não fica claro desvio evidente na bola.
O Ceará pouco produziu e Eduardo Barroca viu isso. Durante a parada técnica, o comandante deve ter pedido uma maior movimentação de seus homens no setor ofensivo, que estavam sendo extremamente bem marcados e sem conseguir construir os lances objetivamente - em direção ao gol -.
Aliado a um Ceará sem inspiração e “irritado” por não conseguir trabalhar as jogadas, o Novorizontino saiu na frente e tornou o jogo fácil após isso. Não dá para dizer que foi um domínio claro dos paulistas, mas o time de Eduardo Baptista teve méritos no que se propôs a fazer: pressionar o Vovô em seu campo, dificultando a saída, e aproveitar as oportunidades que surgissem.
No segundo tempo, isso ficou mais evidente. Aos 5 minutos, o 2 a 0 para os visitantes já aparecia no placar e gerava ainda mais nervosismo e tensão nos torcedores presentes no Castelão. Como em um duelo de xadrez, Barroca e Baptista mexeram em suas peças, mas nada mudou. Só piorou para o lado Alvinegro, quando Léo Tocantins marcou o terceiro dos visitantes. O Vovô não encontrou forças e viu a tarde, que tinha tudo para ser feliz, terminar de forma melancólica.
É claro que devemos levar em conta o desgaste dos dois últimos jogos intensos longe de casa, incluindo viagens cansativas, e também não podemos crucificar o trabalho no Alvinegro. O fato é: o Ceará precisa encontrar, o quanto antes, o caminho da regularidade. Só assim, o time terá condições de lutar pelo acesso, pois não adianta vencer fora e perder em casa.
Veremos os próximos capítulos diante da Chapecoense, na sexta-feira (2), dia do aniversário do clube, às 19h, na Arena Castelão.