O mundo ocidental está presenciando um cenário singular em sua história. Algo que seus idealizadores talvez não previram na sua concepção: a intervenção de um Poder, escrito para ser imparcial, deturpando as Democracias e impedindo o surgimento de ideias e ações novas. E esse Poder, como já sabemos, é o Judiciário.
Em vários países ele cria, ele regula, ele executa normas.
As funções dos demais Poderes tornaram-se decorativas. As ideias contrárias aos pensamentos dominantes nos tribunais são barradas. (E não apenas as ideias. Seus autores também são perseguidos. Nesse contexto, não há espaço para inovação). Pensamentos que na Idade média seriam taxados de hereges. Mas mesmo depois de mil anos sobreveio o renascimento inquisitório. Assim, se antes era a Igreja o freio; agora é o Judiciário, cuja força nos fará aguardar mais um milênio para mudarmos. Imparcialidade não combina com Inclinações: sejam conservadoras ou " progressistas".
Os Poderes constituídos têm que ir ao sabor da sociedade e não o contrário. O Judiciário tem por função equilibrar e não retardar.
Não à visão togada, mas às ideias visionárias.