Com a declaração do prefeito Glêdson Bezerra (PODE), desde o ano passado, às candidaturas dos petistas Camilo Santana e Fernando Santana, respectivamente ao Senado e à Assembleia Legislativa, a  dúvida agora é quem ele apoiará para o governo estadual.

Os últimos dias foram cheios de disse-me-disse, foi e não foi, puxa e encolhe. Culminou, inclusive, com a saída de dois advogados de defesa do processo de cassação da chapa Glêdson/Giovanni, sendo um deles o ex-Secretário de (In)Segurança Pública Doriam Lucena que vive à sombra do Capitão Wagner (UB). Sua saída serviu ao menos para enterrar sua mentira de que o processo tinha sido extinto já no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Mas voltando para o principal, temos ouvido, nesses últimos dias, informações desencontradas ou o encontro de desinformações. Uns afirmam que Glêdson apoiará o Capitão, como já estava apalavrado. Outros já dizem que o prefeito juazeirense irá de Izolda Cela (PDT) - se é que Izolda será candidata.

Essa indecisão faz parte da própria postura do gestor juazeirense que é marcada por traições e engabelações eleitoreiras. Quem não lembra que quando candidato a deputado estadual fechou apoio a Pedro Bezerra (PTB) e a Ronaldo Martins (Republicanos) para deputado federal mas acabou mesmo foi votando em Odorico do PSB? Quem não lembra de quando Glêdson traiu, de uma lapada só, Darlan Lobo (PTB) e Capitão Vieira (PTB) para chegar à presidência da Câmara Municipal?

Em prints de uma conversa de WhatsApp atribuída a Doriam Lucena, Glêdson é qualificado de "egoísta", "sufocador", "malandro", "mala" e "sonso" (VEJA OS PRINTS ABAIXO).

Glêdson está entre a cruz e a cruzeta e sabe que agora a conjuntura não permite que ele sirva a dois senhores. O momento está chegando e a decisão não poderá mais ser adiada. Será que o traído da vez será o Capitão Wagner?

Capitão Wagner, por sua vez, embora represente um forte desejo de mudança está mal acompanhado. O apoio de Glêdson só pioraria o quadro sofrível de suas companhias. Por outro lado, sofre com Glêdson o que pratica com Bolsonaro, pois até agora não teve coragem de declarar publicamente seu apoio a Bolsonaro (PL) e a direção de sua pré-campanha afirma que o palanque de Wagner estará aberto para que seus apoiadores possam chamar voto em qualquer presidenciável. Como diz o ditado, é o sujo falando do mal lavado.