Participando de um ato de pré-campanha ontem (31.05), no Teatro Tuca, da PUC/SP, Lula (PT) disse que o PSDB é um partido morto.

Ao lembrar a extinção do Partido da Frente Liberal (PFL), o petista alfinetou: "E agora quem acabou foi o PSDB. E o PT continua forte, crescendo e continua um partido que conseguiu compor a maior frente de esquerda já feita neste país”.

Mas se Lula detona o PSDB, como vem fazendo nos eventos políticos da pré-campanha, por outro lado se reúne com uma parcela do partido que vê com bons olhos um apoio à sua candidatura, mesmo que no segundo turno, como é o caso do ex-presidente FHC. E o ex-ministro Aloysio Nunes declarou apoio ao petista já no primeiro turno.

Ao que parece, o tucanato está prestes a ser enterrado. E o coveiro é o ex-presidente ex-presidiário.

Cancelamento

Desde que lançou sua pré-candidatura, Lula não consegue participar de atos massivos de rua. Sua participação eleitoral acontece em redutos da esquerda como sindicatos e universidades.

Depois dos fracassados atos do 1º de maio e do shopping de Contagem/MG onde Lula falou a um público esvaziado, agora a equipe de direção da pré-campanha cancelou a ida do presidenciável a Santa Catarina com medo de grandes manifestações contrárias a Lula, pois o estado é majoritariamente contrário ao lulopetismo e suas derivações.

Até o presente momento, os indicadores das pesquisas não foram confirmados nas manifestações de rua cuja a mais emblemática foi a cicloceata de São Paulo puxada em favor de Lula e que reuniu aproximadamente 50 pessoas.

À procura dos golpistas

Ontem Lula também participou de uma entrevista à Rádio Bandeirantes. Questionado sobre sua procura por partidos como o MDB, respondeu: "Eu agora estou conversando com muita gente que participou do golpe da Dilma, porque se eu não conversar, não faz política. Se eu não conversar, você não avança na relação política com o Congresso Nacional, com os partidos políticos”.

Lula ataca as elites para fazer demagogia para uma parcela despolitizada da população brasileira, mas sabe que só chegou ao poder com o apoio dessas elites. Ou será que o Brasil esqueceu que no segundo turno da eleição presidencial de 2022 o palanque de Lula contou com a participação de todos os "coronéis" que apoiaram o regime militar?