Decoro parlamentar é uma coisa que não existe na Câmara Municipal de Juazeiro do Norte/CE. As ofensas pessoais, as baixarias, os fuxicos, as expressões vulgares, as leviandades, o disse-me-disse se tornaram lugar-comum no que deveria ser a Casa do Povo através de uma oposição raivosa que despertou o repúdio de grande parte da população juazeirense.
A oposição legislativa iniciou 2024 transformando o parlamento municipal em um espaço de campanha eleitoral antecipado. Não só por atacar permanentemente o prefeito Glêdson Bezerra (PODE), não só por tentar levantar "a bola" de Fernando Santana (PT), mas também por sugerir aos servidores públicos municipais não votar no atual gestor municipal.
Os ataques pessoais se tornaram quase que uma obrigação para os edis que substituíram o caráter público da Casa pelos próprios interesses particulares fazendo do plenário uma grande e carregada mesa de bar que causou, ao longo do primeiro semestre, náuseas à boa parte do público que acompanhava as sessões.
Isso é um aviso sobre o que poderá acontecer no processo eleitoral que se avizinha. Acusações contra familiares de Glêdson podem ser um dos pontos centrais de atuação da oposição que já demonstrou claramente que sua política de queimação do prefeito não encontra limites morais. É o jogo do vale tudo, da transgressão ética, da prática desmoralizada como norma de conduta.
Precaver é propício. Alertar é benfazejo. Que o eleitorado esteja preparado em repúdio a tudo o que vier para macular o processo eleitoral. Dizem que cada um dá o que tem. Que os(as) eleitores(as) juazeirenses tenham a dar sua compreensão de que os debates entre os candidatos sejam pautados pelas necessidades e anseios da sociedade juazeirense, embasados em uma desfesa político-programática e amparado na trajetória representada por cada proponente.
Raul Minh'Alma, escritor português, escreveu: "Há dois tipos de opiniões: as construtivas e as que desrespeitam o silêncio". Segundo essa compreensão, a oposição escolheu as segundas.