
A Operação Contenção que ocorreu há uma semana (28 de outubro, terça-feira passada) e que foi a mais letal da história do Rio de Janeiro - para os criminosos, pois não morreu um trabalhador ou uma trabalhadora ou estudante da comunidade, apesar da triste morte de quatro valorosos policiais - produziu cenas e falas bizarras como a mentira descarada da deputada federal petista Benedita da Silva que disse que, enquanto governadora, tinha prendido chefes do Comando Vermelho (CV) sem que sua polícia disparasse um só tiro (Dados oficiais mostram que o mandato-tampão da petista foi o que registrou o maior número de mortes por policiais).
A grande mídia tradicional também protagonizou um espetáculo pró Comando Vermelho que será lembrado e relembrado ao chamar a operação vitoriosa de "chacina", ou seja, equivalendo a condição de um faccionado a de um trabalhador honesto.
O ministro Haddad e o improbo petista Lindbergh Farinha, digo, Farias - que só é deputado às custas de uma liminar ajeitada - também foram ridículos ao dizerem que a operação que foi preparada durante um ano e treinada durante dois meses não teve planejamento.
Não esperava outra coisa de Benedita, de Haddad, de Lindbergh e até mesmo do também petista Lewandowski - aquele que rasgou a Constituição no rito processual legislativo que cassou Dilma, a humorista dublê de presidente - que negou ajuda ao Rio de Janeiro e foi desmascarado publicamente em um ato falho do também petista diretor da Polícia Federal Andrei Rodrigues. São todos farinha do mesmo saco daqueles que, como o presidemente Lula, entendem os traficantes como vítimas dos usuários (Acende um bagulho aí, Seu Jenicocó dos Cachos Anelados.).
Todos os esquerdistas, o jornalulismo e militantes vermelhicidas do Direito falaram as mesmas bobagens ideológicas para incriminar a operação que mais baixas e mais prejuízos causou ao CV que, diga-se, é a primeira facção brasileira e surgiu a partir dos ensinamentos de militantes de esquerda presos na década de 70 no Instituto Penal Cândido Mendes. Mas, de toda essa turma, uma pessoa provocou mais espanto: a professora Jacqueline Muniz.
Jacqueline Muniz é professora da Universidade Federal Fluminense (UFF) com doutorado e pós-doutorado e especialização em Segurança Pública. Tornou-se uma comentarista frequente da Globo e também foi convidada para outros meios de comunicação para falar sobre a operação do governador Cláudio Castro (PL). Por ter um currículo extenso e trabalhos na área, deveria ter feito uma análise simplesmente irretocável da operação, mas, excetuando-se o tempo em que passou falando de si mesma e de seu currículo acadêmico, falou tanta besteira que acabou sendo massacrada pelo público internauta.
Dentre as sandices da doutora especialista, resumir-me-ei a duas, para não ser prolixo.
Jacqueline disse que a operação foi fracassada ao ponto de policiais, em geral, estarem envergonhados com a ação. Nada mais falso. A Operação Contenção teve não só a aprovação da ampla maioria do povo brasileiro (mais de 60%) como também do povo carioca (mais de 70%). Se houvesse uma pesquisa em relação aos policiais, evidenciar-se-ia que mais de 90% destes concordam com o resultado da operação (Existem os melancias, é óbvio.). A operação de Castro não só foi aplaudida por policiais de todos os estados brasileiros como também revigorou o combate das forças policiais aos faccionados.
No Ceará, por exemplo, três dias depois da megaoperação carioca, ou seja, na madrugada de sexta-feira (dia 31), a PM cancelou o CPF de sete faccionados no bairro Campinas, em Canindé. Assim como no Morro do Alemão, os bandidos cearenses receberam os profissionais da Segurança Pública a tiros e com explosivos,
Outro absurdo falado pela especialista Jacqueline Muniz e que chocou todo o Brasil foi o fato dela dizer que um faccionado com um fuzil na mão pode ser facilmente derrubado por uma pedrada. "O criminoso tá com o fuzil na mão, ele é facilmente rendido por uma pistola, até por uma pedra na cabeça. Enquanto ele tá tentando levantar o fuzil e colocar o fuzil para atirar, alguém joga uma pedra e já derrubou o sujeito", disse a professora.
Rodrigo Pimentel - esse, sim, respeitadíssimo e profundo conhecedor de Segurança Pública -, ex-capitão do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) que inspirou a personagem Capitão Nascimento do Tropa de Elite de José Padilha, falou com propriedade e o conhecimento de um ex-oficial da força policial mais temida e respeitada do País que é pelo fuzil que se estabelece o domínio territorial das facções.
Diante da chuva de aberrações vomitada da boca da professora Jacqueline Muniz, uma policial que esteve na Operação Contenção fez um desafio à especialista em um vídeo que simplesmente viralizou.
A policial diz que é uma das duas únicas mulheres do contingente de 1.450 policiais mobilizados na operação e que fará 10 anos de polícia em dezembro. Com um sorriso irônico e uma feição suave, diz que "o mais difícil é a gente ter que ouvir especialista de segurança pública da Globo", referindo-se à supracitada professora da UFF.
Na sequência, a policial faz o desfio em forma de convite: "Eu convido você a vir fazer o estágio prático com a gente na próxima operação, para realmente ser especialista em segurança pública. Ao invés de ficar falando na televisão, dizendo que os policiais estão envergonhados com essa operação. Eu não estou envergonhada, estou muito orgulhosa. Só lamento a perda de quatro colegas".
Entre as falas da policial e da doutora especialista em Segurança Pública, defendo a da primeira. Essa, sim, é a verdadeira especialista em Segurança Pública nas ruas, no cotidiano, in loco, na realidade concreta. diferentemente da professora da UFF que interseciona com toda a militância de esquerda que acreditava (!!!) que a Intifada Palestina - ou a Revolução das Pedras - derrotaria a estrutura militar israelense.
Uma pergunta: A professora que está mais para ideóloga propagandista que para especialista em Segurança Pública aceitará o desafio? O que você acha?