O recente episódio da briga entre duas pessoas no Terminal Rodoviário Orlando Bezerra de Menezes, em Juazeiro do Norte/CE, trouxe à grande mídia o que quem convive no ambiente já está cansado de saber: a falta de Segurança Pública.
Em entrevista recente, o prefeito quis atribuir a Segurança Pública à responsabilidade exclusiva do governo estadual, como se o Município não tivesse a sua parcela de responsabilidade. Ora! É ou não a Guarda Civil Metropolitana (GCM) uma corporação da Segurança Pública?
A situação do referido terminal, o principal da cidade e responsável pelas viagens interestaduais, foi resolvida com a presença de policiais militares durante o dia e de guardas civis durante a noite e a madrugada. Entretanto, os guardas não só atuam desarmados como não possuem uma base de apoio no local.
O problema da Segurança Pública em Juazeiro do Norte está tão gritante que até mesmo a primeira-dama - e Chefe de Gabinete -, a senhora Sandra Cavalcante, reclamou dos furtos e danificações reiteradas dos presépios montados nas praças da cidade.
Os furtos e as danificações lamentadas pela mulher do prefeito (que também é policial) refletem a própria situação da Guarda Civil Metropolitana que decidiu, em nome de uma economia que não está servindo à população juazeirense, cortar as horas extras que eram uma tradição na corporação. Resultado: praças e equipamentos da Municipalidade arrombados, furtados e depredados.
A primeira-dama, comovida com a situação, apela à população para identificar e denunciar quem está cometendo os crimes contra os presépios natalinos. Mas esquece que não é tarefa primordial da população enfrentar e coibir os malfeitores.
P. S.: Enquanto isso, os vídeos mostrando uma viatura da GCM com guardas fardados transportando fardos de cerveja e conjuntos de mesa para uma festa em uma chácara em Barbalha viralizam nas redes sociais.
Que coisa não