Tagliaferro disse ter a impressão de que a “Europa não sabe que ele [Moraes] é um sancionado”.

– Então, eles não têm esse conhecimento. Eles não sabem, não é divulgado. E eu tive que mostrar para ele [o juiz] o que estava acontecendo. Levando notícia, levando site, levando documento, que é onde ele teve o conhecimento de que Alexandre de Moraes é um sancionado por violação de direitos humanos pelos Estados Unidos – disse.

– Surpresa, surpresa… Porque algumas coisas aconteceram ali que trouxeram a surpresa dele. Uma é o fato de ele ser sancionado, outra é o fato de ter uma perseguida política que é uma juíza, ou seja, uma colega de profissão dele, mesmo não sendo no mesmo país, mas é uma colega. É uma juíza do Brasil que é perseguida, que está exilada nos Estados Unidos – disse se referindo certamente à juíza Ludmila Lins Grilo.

– Despertou o interesse dele [juiz] o fato também de que o juiz que eu denuncio, após a denúncia, é o juiz que instaura um procedimento contra mim e que vai me julgar. Ou seja, ele não poderia de modo algum em qualquer parte do mundo, seguindo a regra do Direito, fazer esse tipo de coisa – assinalou.

Para Tagliaferro, a situação causa estranheza ao magistrado italiano, porque ele “está acostumado a trabalhar tecnicamente, sem influência política”.